domingo, 31 de dezembro de 2017

Superando o pensamento paternalista

Há um tempo tenho estado preso num paradoxo, ou vários: Como dar liberdade ao indivíduo numa sociedade de instituições rígidas apenas aprimorando o sistema político? Como fortalecer o indivíduo numa sociedade paternalista que cria relações de dependencia entre o estado e o povo? Política é o caminho para melhorar a qualidade de vida da população, mas aom mesmo tempo é usada para fortalecer grupos de interesse economico e criar dependencia na população mais carente.
Passei tanto tempo de minha vida preso num paradoxo que impedia minha ação. Eu via como algo mal ganhar algo em troca de minha ação. Fiz coisas monumentais para amigos e igreja, mas quando era trabalho a dificuldade era tamanha que beirava o impossível, e muitas coisas deixei de fazer, ou fiz mal, por conta disso.
De onde isso veio? Como fiquei assim? Por causa da educação dos pais, religião, escola?
Ao me deparar com um vídeo sobre bitcoin me interessei por conhecer a história da crise de 1929 contada por outra ótica. A explicação abriu meus olhos para entender uma conta que não fechava e tirar o mundo de cima de minhas costas. O capitalismo não é mau. Mau é a força artificial do estado que distorce as relações de força capitalista. O capitalismo proporcionou trocas que reduziram a pobreza por todo o mundo. Capitalismo é a troca entre as riquezas produzidas no mundo. Vale mais o que tem menos e é mais necessário.
A política que conhecemos e que simula disputas entre esquerda (os que fazem mais pelo povo - Estado de bem estar social) e a direita (se diz mais liberal, mas mantém o Estado interferindo na economia e em outras decisões individuais) não passa da mesma lógica Estadista que interfere na economia e cria enormes distorções no livre mercado, por isso tende-se a colocar tudo dentro do mesmo saco socialista. Uma lógica medíocre que coloca a população sob as azas do estado, a deixando refém do vai e vem político.
Quanto mais forte o indivíduo, seja qual for o aspecto da força, mais ele terá para oferecer como troca e quanto mais favorável a troca, maior será o valor recebido em troca. O dinheiro não passa de uma estrutura simbólica para representar os valores no mercado de troca, sendo assim, o valor não está no dinheiro, mas na troca.
E plenamente digno e louvável oferecer o que se tem para quem precisa para a troca acontecer. Trocas são necessárias e enriquecem todos os envolvidos.
Resumindo: A mentalidade que enxerga como necessária a existencia de um Estado que garanta o bem estar de todos é DOENTE. Para o mercado de trocas é interessante que todos tenham o que trocar, pois assim todos enriquecem.

Entretanto, é preciso lidar com a realidade da existencia do do Estado, mas sempre fazendo todo o possível para reduzí-lo.
O Estado é sempre corrupto, seja para favorecer indivíduos ou grupos tornando-os ainda mais poderosos, seja para manter uma casta política no poder.

Capitalismo
Troco, logo existo.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Que critério utilizar?

Na hora de agir não tem como fugir, é o critério moral que define nossa escolha.
Mas será que existem critérios morais diferentes? Será que existe algum que possa ser mais válido que outro?
Perguntas vagas!
Talvez seja melhor contextualizar:

O que pensar sobre a promiscuidade sexual e a diversidade de gêneros?
A promiscuidade sexual é sinal de uma sociedade decadente? É possível afirmar a desintegração de uma "nação" por este motivo?
O que se pode notar como consequência dessa promiscuidade? Disseminação de doenças? "Mau" uso do sexo? Dependência sexual? Vício em sexo?
Por que usar o sexo como válvula de escape? Instinto natural? Por ser acessível à todas as classes sociais? Porque agora se ganha dinheiro com ele? O que o sexo tem em si que faz ser interessante que deixe de ser tabu?
Deixar as pessoas brigarem sobre a liberdade sexual é interessante para o poder distrair a opinião públiica?
Qual a real implicação da liberdade de opção sexual? Decidir a forma como realizo meu prazer sexual trará destruição para a minha cultura? As mulheres deixarão de ter filhos? Existe alguma estatística que revele a quantidade de LGBT existente na sociedade e se esse número é capaz de interferir nos indices de natalidade? A quantidade de crianças abandonadas é maior ou menor que a quantidade de casais homosexuais? Tem casais homossexuais para todas as crianças ou muitas ainda ficarão sem lar?
Isso é realmente um probleme que desestabilizie estruturalmente um povo, uma cultura?

O amadurecimento como ser humano inclui o aprendizado sobre a sexualidade que se revela na sabedoria adquirida nas escolhas e no prazer e desprazer obtidos, mas como a vida não é só sexo é normal desenvolver um equilíbrio, mesmo partindo de um desequilíbrio, mesmo vivendo em aparentes desequilíbrios.
Uma cultura que nega e esconde o sexo faz com que ele seja ainda mais desejado pelos jovens.
E até que ponto privar o jovem do sexo é protegê-lo? Será que, justamente, ver o sexo como tabu é que o faz se tornar algo tão difícil de ser desenvolvido de forma saudável?
Mas, enfim, que critério usar?
O que é usado como base para permitir a liberdade sexual?
Será que pessoas com opções sexuais não convencionais arrastam outras para o mesmo caminho ou apenas dão coragem? Será que alguém já nasce héterossexual, bissexxual ou transexual ou isso se adquire pela cultura e convívio?
Por que a forma como a pessoa escolhe para ter seu prazer sexual é tão importante pra nossa cultura? Isso quer dizer alguma coisa? Estamos "todos" tão preocupados com o sexo por ser um dos poucos tesouros de prazer que ainda nos resta? Seria uma forma de nos identificarmos? Sexo como identidade?

Partindo de um princípio filosófico básico e bastante controverso, a liberdade tavez seja o "melhor" critério para se decidir sobre essas questões. Mas quando uma pessoa tem condições de fazer uma decisão com liberdade? No entanto, impedir que esse ato de liberdade aconteça é uma ação de desrespeito à liberdade do outro.

Mas o que é mais importante? A liberdade ou a privação da escolha em nome de uma "identidade", de uma necessidade de autoafirmação?

A moral salvará a humanidade?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Repensando como tudo começou

No início, nas primeiras tribos ou comunidades humanas, os laços sanguíneos deviam dizer muita coisa, inclusive para se protegerem mutuamente.
A organização política se desenvouveu por meio das proteções que os homens ou grupos mais fortes davam para as outras pessoas da sua tribo ou comunidade.
O poder soberano e autoritário deriva de um sistema de proteção tribal comunitário e não tem nada a ver com democracia. O poder sempre foi dado aos mais fortes.

Com a mudança dos sistemas econômicos, a tribo ou comunidade deixou de ser o catalizador do desenvolvimento humano ou o garantidor da manutenção da vida de cada indivíduo.

Com o capitalismo, as forças foram fragmentadas e a permanência numa tribo ou comunidade deixou de ser necessária. Contudo, esse processo se deu dolorosamente. Muitos foram obrigados a irem viver nas cidades.

Com o fortalecimento do indivíduo, novas formas de proteção surgiram; agora, bem mais democráticas, contudo, muitos ainda são manipulados e entregam essa força para quem não a merece ou não tem competência para exercê-la. E novamente, todos sofrem, menos, é claro, os que estão no poder.


O futuro da política está nos meios de comunicação. Imagine um país poder ser governado por todo o seu povo, todos ouvindo todos. Os softwares dominariam o mundo. Viva o software livre, viva o código aberto. Fim ao poder representativo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Jogo de poder travestido...

Faço esta reflexão partindo de um comunicado pelo qual a CNBB convida todos os seus fieis a votarem em candidatos que sejam contra a legalização do aborto, e deixa claro que não se deve votar em nenhum candidato do PT por este ter adotado, em seu plano de governo, o esforço de legalizar o aborto. O texto da CNBB está aqui: http://www.cnbbsul1.org.br/arquivos/defesavidabrasil.pdf

Refletindo sobre o assunto baseado no texto da CNBB:
Porque legalizar o aborto? O que está por trás de tudo isso?
O poder é responsável por manter a sua lógica de dominação. E no texto da CNBB, "A Contextualização da Defesa da Vida no Brasil", mostra-se o movimento do poder mundial destacado por duas fundações Norte Americanas.
A regulação de natalidade é uma exigência para o poder manter a sua estratégia de dominação. E o texto da CNBB retrata esse movimento.

Para ganhar as eleições o PT assumiu o compromisso de pôr em prática o que o governo do PSDB não conseguiu, e este governo já cumpria a pauta imposta pelos grandes grupos norte-americanos.

Outra pergunta que me faço é: por que tanto interesse por parte da Igreja Católica em impedir que os planos dessas fundações sejam postos em prática? A igreja está realmente defendendo a vida, defendendo o rebanho ou apenas aproveitando uma boa oportunidade pra se estabelecer como poder? Essa minha pergunta é relevante devido ao afastamento da igreja do âmbito social, se fechando numa postura conservadora para se proteger enquanto instituição. (Libanio 2000)

Escrevi isso pra mostrar que de nada adianta simplesmente escolhermos representantes do governo, pois, distante de seu eleitorado, eles governarão de acordo com as necessidades políticas do poder dominante e, como é o caso atual, sucumbirão às exigências da economia de livre mercado.
Se queremos participar da democracia precisamos fazer mais do que apenas escolher nossos candidatos.

Saudações!

Resposta: Estado gera corrupção e pobreza, seja de direita ou de esquerda.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Matei Deus!

Foram anos de luta, preso a obrigação de adorá-lo sobre todas as coisas e obedecer suas ordens. Foi difícil mas consegui.
Depois de matá-lo fui em busca de um caminho, um norte, um rumo. Um fundamento que pudesse dar referência pra minhas ações.
Pensei em algo como garantir o bem estar da minha nação, minha família, meu clã, minha tribo, meus entes queridos. Tendo essa base mataria quantos fossem necessários para defender minha referência e para trazer tudo de bom para os que dela pertencessem. Mas notei que, durante uma guerra entre nações, poderia haver alguém do lado inimigo que pudesse pensar como eu e que só estava fazendo tudo aquilo para defender o que acha importante, seria uma batalha honrosa. Pensei então que poderia tentar negociar com ele a paz e trocar alguns itens que me sobravam e que poderiam servir pra ele e talvez ele poderia fazer o mesmo. Sabendo que há pessoas também nessa situação percebi que não bastava ter como base minha "família".
Pensei em ter como referência o repeito à diversidade, mas há certas diversidades que não dá pra aceitar: Uma outra pessoa que me explora por possuir mais bens que eu e deter os meios de produção do sustento da minha família. Tem coisa que não dá pra concordar.
Pensei em ter como referência os meio de produção, pois todos precisamos comer. Com isso eu quase roubei um banco, quase explodi a cabeça de muita gente que merece um fim trágico, quase virei um Hobin Wood. Mas pensei que a violência só gera mais violência e a repressão que viria depois desses atos prejudicaria muita gente e talvez causaria um retrocesso na democracia, daria argumentos para uma ditadura.
Pensei na dor como referência, porque todo mundo sente dor, seja física ou sentimental. Eu poderia ter ficado com a ideia de apenas sanar a dor dos meus queridos, proporcionando-lhes um bem estar maior, mas e os outros q também sentem dor? Tendo o sofrimento como referência não dava pra eu ignorar a dor de outros. Mas o que fazer? Vou passar minha vida só pensando na dor de todo mundo? Travei!
Preciso de uma referência que me faça agir e não que me trave. Preciso viver! Quero viver!Não só eu como todo mundo quer viver.
Pensei se é possível haver vida solitária. Percebi que tudo o que vive depende de uma complexidade de detalhes pra manter a própria vida, que nunca algo sobrevive por si só.
Acho que estou chegando perto de algo...
Lembrei da máxima que existe em muitas culturas e que na cultura judaico-cristã é representada pela frase “amar ao próximo como a si mesmo”.
Pensei: se quero vida pra mim, também devo querer vida pro meu próximo, é algo bem lógico e uma ótima moeda de troca. Mas lembrei que na sociedade humana não dá pra esperar por essa lógica, sempre haverá predadores.
Olhei para a vida na natureza e vi que em todo lugar onde há vida, há também sacrifícios, seja das plantas secas (mortas) que nutrem o solo com sua decomposição mantendo saudáveis as outras ainda vivas, seja um gnu morto por um leopardo caçando provendo alimento para suas crias.
O sacrifício nutre a vida que floresce.
Assim como fui alimentado e cuidado para ter vida, desejarei e lutarei pela vida, respeitando a máxima existente em várias culturas e, sendo assim, serei sacrifício ao invés de sacrificar.
Acreditarei que meu sacrifício não será em vão e que a vida persistirá. E acreditarei que meu exemplo contribuirá para que mais pessoas passem a cuidar umas das outras.
Quero a vida para meus queridos,
quero a vida para meu próximo,
quero a vida para meu inimigo.
Serei a folha seca e o gnu.
Alimentarei os que estão a minha volta.
A vida florescerá a meu redor.
Serei adubo. Ao pó voltarei.
E assim, mesmo depois do meu último sacrifício,
serei vida nova.

Deus é só uma palavra, distorcida e desgastada. Procuremos pelo mais sagrado, por aquilo que realmente importa.

Minha singela reflexão.

Resposta: O que gera vida não é a morte, mas a troca. E viva o Capitalismo sem intervenção do estado.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O QUE A LIBERDADE ESCONDE?
Algo tão desejado, tão buscado por todo ser humano que conhecemos. Algo tão defendido, tão cultuado, tão divulgado. O que realmente é essa liberdade que tanto buscamos?
Um dia desses estava lendo sobre a criação de um novo partido político, o LIBER, um partido libertário que defende radicalmente a liberdade, e que se denomina anarco-capitalista. Capitalismo é quase sinônimo de liberdade na nossa sociedade. O dinheiro nos permite tudo o que queremos ou pelo menos tudo aquilo que o tanto que temos pode comprar. Sem dinheiro não se vive... não se tem o que comer, onde morar, as relações ficam comprometidas, o respeito desaparece, vive-se quase como um animal.
O dinheiro é nosso herói! Vamos tê-lo o quanto mais pudermos!
E a corrida pelo dinheiro é a corrida pela liberdade, é a corrida pela vida digna.
Que outra opção temos? Que destino terei sem dinheiro? Preciso tê-lo também!
Tudo está atrelado ao dinheiro, mas de onde vem o dinheiro? Porque há momentos em que ele vale mais ou vale menos? Porque ele é tão volátil? Porque é tão difícil tê-lo? Porque tenho que trabalhar tanto pra tê-lo se ele é tão primordial pra minha existência? Porque tenho que vender minha vida pra conseguir algo que preciso pra mantê-la? Porque tenho que passar tanto tempo trabalhando pra poder sobreviver? Eu, assim como todos, estou desesperado na busca por dinheiro.

Preciso de dinheiro! Preciso de casa!
Preciso de dinheiro! Preciso me divertir!
Preciso de dinheiro! Preciso comer!
Preciso de dinheiro! Preciso de família!
Preciso de dinheiro! Preciso de conhecimento!
Preciso de dinheiro! Preciso ir e vir!

Mas o que é o dinheiro? De onde ele vem? O que acontece pra ele existir?
Pergunta complicada. Uma explicação que podemos dar é que o dinheiro se obtém pela venda da força de trabalho. Outra explicação seria pelo lucro obtido com a venda ou produção de algo por um custo mais alto do que o gasto para comprá-lo ou produzi-lo.
Mas há um grande problema nisso tudo. Um problema talvez ainda pior do que a exploração que existe quando se é obrigado a trabalhar pela própria sobrevivência ou pela sobrevivência das pessoas amadas. Quem nunca se submeteu a humilhação ou algo parecido no seu emprego por estar com o salário comprometido com o pagamento de necessidades? Pode-se incluir em necessidade tudo aquilo que desejamos ter, mesmo sendo coisas que talvez não fossem necessárias, mas o desejo se torna necessário. O problema maior é o esquecimento da finitude dos recursos materiais do nosso planeta, pois a fonte de todo esse dinheiro é a produção de mercadorias.
Mas quem é que liga pra isso? O importante é ser livre, é ter dinheiro no bolso. E pior que isso: ou eu trabalho, ou eu me submeto, ou não consigo viver. Mesmo se me importasse com as questões ambientais o que eu poderia fazer se preciso de dinheiro pra sobreviver, pra ter uma vida digna, pra gozar da minha vida! Vida se tem uma só, é preciso aproveitar, não dá pra se privar da única coisa que me possibilita desfrutar da vida ao máximo.

Ainda era adolescente quando me fiz uma objeção. Eu achava estranha a necessidade, que todos os países tinham, de pertencer à economia global. Se dizia não ser possível viver com uma economia fechada ao comércio exterior. Como eu achava absurda essas declarações! Como um país tão grande como o Brasil não teria capacidade de produzir seus próprios recursos.
E hoje vemos como países, que no passado devastaram seus recursos naturais, exploram os recursos de outros países e, mesmo diante de acontecimentos que já demonstram alterações profundas no eco sistema global, a economia continua fundada na exploração extrema dos recursos naturais em nome de seu crescimento contínuo.
E o que a nossa tão amada liberdade tem a ver com isso?

Só sei que quero o mínimo.
Quero viver com o mínimo.
Quero ter o necessário.

Não quero contribuir com isso.
Não preciso de coisas novas o tempo todo.
Posso concertar algo quebrado.

Não quero o último lançamento.
Quero apenas o necessário.

Mas o que aconteceria se muita gente fizesse como eu?
A nossa economia entraria em colapso? Muita gente ficaria desempregada? Haveria muita fome e tristeza?

Desejo liberdade! Mas também desejo o fim da destruição do meu mundo. Será que só valorizaremos a água encanada quando as torneiras secarem? Será preciso nós todos sentirmos na pele pra fazermos algo?
Desejo a liberdade, por isso cansei de consumir tudo o que desejo sem pesar sua necessidade.
Estou cansado de ser forçado a contribuir para a destruição da natureza em troca do que me é necessário para viver.

Resposta: O capitalismo é troca e o dinheiro apenas uma forma de medir essa troca. As grandes distorções na economia são causadas pelos governos. Troca não é escravidão, não é ruim, é compartilhar riquezas.